Conteudo
Introdução
Olá, pessoal! Hoje eu vou falar de um transtorno que começa na infância e afeta bastante a vida adulta, que é o TDAH. Mas o que significa isso? Quais os alimentos e os tipos de tratamento? É um problema genético ou pode ser adquirido? Essas e outras perguntas você vai encontrar as respostas aqui neste vídeo. Mas antes disso, se inscreva no nosso canal, clique no sininho para ativar as notificações, deixe o like e mande este vídeo para todos os grupos do WhatsApp. Com certeza tem gente com esse problema aí no seu grupo do WhatsApp.
TDAH, o que significa?
Significa Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Para os desavisados, sem conhecimento de causa, é aquela criança que dizem que está com o “bicho carpinteiro” no corpo, que não para quieta. Sabe aquele “ah, mas esse menino tá com faniquito?” Mas, entrando no campo da psicologia e da psiquiatria, o transtorno é muito mais do que isso. Quem tem TDAH tem um cérebro que funciona mais rápido, com maior intensidade e uma maior quantidade de pensamentos. Isso faz com que a pessoa não consiga focar na sua rotina do dia a dia, principalmente nas coisas que não geram prazer. Em compensação, quando encontram algo prazeroso, acontece o hiperfoco.
Quem pode contrair o TDAH?
O TDAH não é exclusividade dos meninos, como se pensou no passado, por conta da hiperatividade física. Ao longo do tempo, percebeu-se que a característica principal é o pensamento acelerado, a hiperatividade mental. Esse transtorno é composto por um tripé, que são três sintomas principais na infância: desatenção, hiperatividade e impulsividade. A pessoa não tem um filtro, não tem um foco; ela é estimulada por tudo que está ao seu redor. A hiperatividade é a inquietação motora, e a impulsividade faz com que a pessoa não consiga esperar.
Como surge o TDAH?
Existe a possibilidade de alguém adquirir esse transtorno? Não, ninguém “vira” TDAH; a pessoa nasce com ele. A descoberta do transtorno se dá pelos pais na vida escolar, quando se percebe um alto grau de dispersão e hiperatividade.
Consequências do TDAH em Crianças
A criança vive no mundo da lua, sempre viajando, não consegue focar em nada. Na adolescência, a hiperatividade física diminui, mas a impulsividade se torna mais evidente. Ela enfrenta problemas no aprendizado e tem grande chance de desenvolver um problema com drogas e álcool. O TDAH continua na vida adulta; são pessoas que não concluem nada, que começam e vivem mudando de emprego, e têm a constante sensação de fracasso, um fracasso causado pela falta de foco, organização e disciplina, não pela falta de capacidade e inteligência. A dispersão faz com que o cérebro não renda o que ele pode render; é como ter um supercomputador na mão e não saber usá-lo.
Como é o cérebro de quem tem TDAH?
O transtorno começa no circuito da dopamina, que se localiza no centro do cérebro e vai até a parte mais externa, que é o córtex pré-frontal, área responsável por regular nossos impulsos e a capacidade de prestar atenção e reter informações para realizar determinadas tarefas. No TDAH, a ação do córtex pré-frontal está diminuída.
TDAH em adultos
Mas afinal, como um adulto pode identificar se tem TDAH? Aqui vai uma lista de sintomas que são os mais comuns: primeiro,
Desvio de Atenção
Desvia facilmente a atenção, isso acontece por conta do excesso de pensamentos e emoções, gerando uma grande confusão. Sabe aquela pessoa que está conversando contigo, mas também presta atenção na conversa do lado e interage? É uma espécie de antena parabólica.
Desorganização
A pessoa é desorganizada e desastrada, derruba objetos e esquece compromissos, isso acontece pelo excesso de informação, o que prejudica a autoestima, pois a pessoa se frustra por não conseguir realizar tarefas simples.
Procastinação
Tem dificuldade de gerenciar o tempo; vivem chegando atrasados aos compromissos ou chegam muito em cima da hora, superestimando a capacidade de fazer tudo muito rápido. Quarto, são pessoas que têm uma procrastinação crônica, com grande dificuldade de iniciar tarefas que exigem concentração e esforço mental, como, por exemplo, fazer um relatório. Elas concluem as tarefas num prazo muito apertado, deixando tudo para a última hora.
Devido à procrastinação, são muito impulsivas, tanto na vida amorosa quanto na vida profissional, terminando relacionamentos de forma abrupta por pequenas coisas, assim como também mudam de emprego constantemente. Por terem dificuldade de escutar o outro e por serem dispersos, não prestam atenção em detalhes que para o parceiro ou parceira são importantes. Há um índice de divórcio alto entre pessoas com TDAH.
Desregulação emocional e motivacional;
A pessoa com TDAH costuma ter uma desregulação emocional, indo de muita empolgação a muita irritabilidade em poucos minutos, quando as coisas não saem como esperado.
Desmotivação
Auando não há ameaça, ou seja, sob pressão, a pessoa consegue concluir o desafio, mas após atingir o objetivo, sente-se desmotivada. A incapacidade de gerenciar emoções negativas faz com que, quando bate a angústia ou a tristeza, a pessoa viva esse sentimento intensamente, se isole e não consiga manter suas obrigações profissionais e familiares, ou tenha explosões de raiva que passam rapidamente, como se nada tivesse acontecido.
Dispersão
Em conversas e reuniões longas: a mente da pessoa com TDAH simplesmente viaja, não consegue prestar atenção, levando a má interpretação como pouco caso ou falta de apreço pelo que o outro está dizendo.
Dificuldade para relaxar:
Os portadores de TDAH têm uma grande inquietação interna, que gera exaustão e dificuldade em priorizar o que é importante, claro, devido aos estímulos externos que tiram a atenção.
Essa é uma lista básica de sintomas, e o diagnóstico deve ser feito por um psiquiatra ou psicólogo com experiência nesse tipo de transtorno.
Chegando ao Diagnóstico:
Existem quatro ferramentas que os psiquiatras usam para dar o diagnóstico desse transtorno. A primeira delas é a
Consulta clínica:
Onde serão analisados os padrões de comportamento e testes serão aplicados. O médico fará uma anamnese abordando a vida pessoal e profissional.
Entrevista com os familiares na presença do paciente.
Teste neuropsicológico:
uma bateria de testes aplicados por neuropsicólogos, que avalia como funciona cada área do cérebro dessa pessoa, realizando um mapeamento
Exames clínicos:
Como sangue, para verificar os níveis de vitaminas, glicose, vitamina D e B12, pois alterações nos níveis de vitaminas podem ocasionar alterações na atenção e na impulsividade. É importante avaliar os hormônios, principalmente os tiroidianos, pois quando estão desalinhados, podem gerar alterações de comportamento. Normalmente, também é pedido uma ressonância magnética para verificar se não há algum outro problema no cérebro, ou seja, um check-up completo.
Exame SPECT,
Que revela como está o funcionamento cerebral através do fluxo sanguíneo. Esse exame mostra se há um baixo funcionamento no córtex frontal, ou seja, na parte mais externa da região anterior do cérebro, o que é muito comum em pessoas com TDAH.
Como tratar:
O que mais pode ajudar os portadores desse transtorno? A alimentação é uma ferramenta importante. Você sabia que o cérebro consome entre 20% e 25% de toda a energia que obtemos pela alimentação? Para quem tem TDAH, a dieta deve ser composta por proteínas, como carnes, peixes, gorduras boas e carboidratos complexos, como grãos integrais e aveia. Fuja ao máximo dos carboidratos simples, com açúcar e farinha branca. A suplementação com fosfolipídeos, aminoácidos precursores dos neurotransmissores, vitaminas do complexo B, C e D, além de antioxidantes, minerais e gorduras saudáveis, é muito importante. Para crianças, combinações que incluem minerais selecionados, como magnésio, selênio e zinco, e vitaminas do complexo B, especialmente colina, ajudam no desenvolvimento cerebral, facilitando a atenção, o foco e a redução da hiperatividade.
Além disso, há diversas terapias, mas a psicoterapia comportamental cognitiva é a única linha de tratamento psicológico que comprovadamente traz resultados para o TDAH. Ela também é muito eficaz para as comorbidades que normalmente acompanham o TDAH, especialmente ansiedade, depressão e estresse crônico.
Considerações Finais
Então, deixe nos comentários se você tem esses sintomas ou conhece alguém que tem. Compartilhe essas informações com sua família.